A equação de resultados, até o ingresso do Brasil no mundo globalizado, por volta de 1990, era: LUCRO + CUSTO = RESULTADO. Até então, num mercado fechado e com poucos competidores, os preços eram colocados pela empresa e o mercado comprava. Com esse advento, a equação de resultados mudou para PREÇO – CUSTO = LUCRO, ou seja, a empresa passou a seguir as regras do mercado quanto a preços.
Ora, com poucos conhecimentos de gestão de redução de custos, a resultante da equação (LUCRO) ficou comprometida fazendo com que muitas empresas saíssem do mercado e, dessa forma, muitos segmentos foram prejudicados.
Conceitualmente falando, a equação de resultados se tornou muito mais complexa: PV – LUCRO = CUSTO, ou seja, o preço vem do mercado e o lucro é uma questão de sobrevivência de qualquer organização. Então, num raciocínio um pouco extremista, a empresa que quiser se manter-se mercado, só resta a ela a redução de custos.
A preocupação é maior em vender do que em planejar
Pelo que temos visto em centenas de pequenas e até médias empresas, os gestores estão muito mais preocupados em vender, do que planejar e adequar os custos ao volume de negócios. No final das contas, e no médio prazo, o resultado não pode ser outro: ou a empresa está no vermelho, ou está próximo a isso!
Aí é que mora o perigo, pois, a toque de caixa, o gestor começa a reduzir custos aleatoriamente, esbarrando nos custos estratégicos — que podem prejudicar o volume de negócios e apressar a saída da empresa do mercado!
Neste contexto globalizado e de altíssima competitividade não existe meio termo. Então, ou a empresa aprende a planejar seus custos ou ela está fora do jogo.
Estratégias adequadas para a redução de custos
Nestes últimos 20 anos, muitas ferramentas, procedimentos e conceitos estão sendo utilizados para ajudar na gestão dos custos:
- Qualidade total;
- Custo kaiser;
- Just-in-time;
- Produção enxuta;
- Teoria das restrições;
- Custo padrão;
- Metodologia do vértice;
- Custo meta;
- Reengenharia;
- Margem de contribuição pelo fator limitante;
- Engenharia do valor;
- PDCA;
- 6 sigma;
- Engenharia reversa; etc.
Qualquer uma das ferramentas acima pode ser implementada na sua empresa, independentemente do segmento em que atua ou do seu porte.
E o que é melhor, a custos infinitamente menores que há 20 anos, pois todas elas continuam sendo propagadas por meio de cursos e palestras ministrados pelos Sindicatos e Associações de Classe, livros, artigos na internet, etc. Além, é claro, de empresas de consultorias especializadas.
Para que tudo possa acontecer é preciso uma vontade ferrenha para a mudança, e essa é como uma porta fechada que só abre por dentro e somente quem tem a chave é o principal gestor da empresa!
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